A participação direta dos cidadãos é a essência da Associação Ecotopia Ativa. O envolvimento dos cidadãos na construção co-criativa de projetos e na tomada de decisão colaborativa é vital, para assegurar a transição para uma sociedade mais sustentável, saudável, numa matriz tendencial de economia circular. A implicação, como grupo, na defesa e promoção de uma verdadeira democratização do Estado e da sociedade e, para uma governação transparente quer nas ações, quer nos seus fundamentos é o nosso leitmotiv, a nossa cultura associativa, determinantes na prática de cidadania ativa.
A Associação tem participado em consultas públicas, desenvolvido iniciativas de defesa jurídica, petições públicas, elaborado manifestos e cartas abertas, participado em Assembleias Municipais e manifestações, entre muitas outras iniciativas, em prol da defesa do Ambiente, do Território e, não só. Integra diversas parcerias e plataformas entre elas a PAS - Plataforma Água Sustentável que tem vindo a alertar para a necessidade de acautelar a escassez hídrica no nosso país com medidas urgentes e sustentáveis no uso da água.
Integra ativamente o “Movimento Alagoas Brancas”- zona húmida em risco eminente de ser destruída, situada no concelho de Lagoa. Tem vindo a contestar o Simplex Ambiental, Decreto- Lei nº 11/2023 de 10 de Fevereiro de 2023 em que se antevê um grave retrocesso em matéria ambiental no pais, colocando mesmo em risco áreas sensíveis e protegidas e, não menos importante, dispensa de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) instalações pecuárias intensivas de aves, suínos e bovinos, instalações de pisciculturas com milhões de peixes e muitas outras situações danosas para o ambiente.
Uma das ações recentes mais emblemáticas é a constituição de uma Biblioteca Comunitária de Máquinas Agricolas (BIOMAQ) projeto co- financiado pela Câmara Municipal de Tavira, que prefigura um sistema de auto-gestão de maquinaria agrícola no concelho de Tavira. A disponibilização de máquinas para um uso partilhado pelos usuários, hortelãos e pequenos agricultores, foi acordada coletivamente em assembleia de utilizadores e aprovada consensualmente os requisitos e normas para o seu uso. Uma ação solidária, mas em especial um ato de participação direta cidadã em que todos os intervenientes são atores decisórios na BIOMAQ.
Em Abril de 1974, cultivavam-se cravos no Posto Agrário de Tavira, cravos floridos que foram enviados para Lisboa na época da revolução. 50 anos depois vamos voltar a cultivar cravos e vamos voltar a enviá-los para Lisboa.