A ECOTOPIA ACTIVA é uma associação que tem na sua génese o Movimento de Cidadãos pela defesa do Centro de Experimentação Agrária de Tavira e Hortas Urbanas de Tavira. O movimento dinamizou múltiplas iniciativas amplamente valorizadas pela comunidade, designadamente, a mobilização, contacto e dinamização inicial da hortas comunitárias em Tavira, a organização de fóruns de debate, a paragem do desenvolvimento de um projecto de via rodoviária que iria prejudicar o centro de experimentação agrária de Tavira, a promoção de visitas de estudo temáticas vocacionadas para as problemáticas da sustentabilidade, a realização de vídeos e séries documentais sobre o Posto Agrário de Tavira, num projecto inédito que deu a conhecer a memória valiosa daquele espaço emblemático.

A atividade do movimento de cidadãos, que continua bastante activo, pode ser acompanhada aqui.

Uma das motivações basilares da Ecotopia Activa é a defesa do Ambiente, dos recursos naturais e dos ecossistemas. A associação alia a sua ação sobre estas problemáticas à capacitação das comunidades e dos cidadãos, fornecendo-lhes ferramentas práticas para que possam fortalecer a sua resiliência em tempos de crise climática e reivindicar a sua auto-determinação alimentar. A associação contribui para a construção de cidades e concelhos sustentáveis e circulares.

A Associação Ecotopia Activa estabelece parcerias e colaborações activas com as seguintes entidades: Al-Bio - Associação Agroecológica do Algarve, AGROBIO - Associação Portuguesa de Agricultura Biológica, Parceria Semente, Associação Terras do Baixo Guadiana, Red Andaluza de Semillas, Associação Colher para Semear, PAS - Plataforma Água Sustentável, Transition Network, Transição Em Portugal, Tavira em Transição, MAPS - Movimento de Apoio à Problemática da Sida, GATO - Grupo de apoio a Toxicodependentes, Akiparasi - Movimento Solidário de Cabanas de Tavira, Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas Dr. Jorge Augusto Correia, Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, Município de Tavira, Grupo de Trabalho para o Plano de Ação da Dieta Mediterrânica coordenado pela Universidade do Algarve e pela CCDR Algarve. Parte do projecto BIOMAQ e parte das Formações contam com o apoio do Município de Tavira.

Com sede em Tavira, a associação foi constituída a 7 de Fevereiro de 2022 e tem como finalidades a promoção, divulgação e formação no âmbito das áreas do Ambiente, Agricultura, Alimentação, Educação, Paisagem, Património, Inovação, Cultura, Sócio-economia e Cidadania.

Ambiente

  • Defesa do ambiente, do património natural e da qualidade de vida das populações, garantindo os valores da sustentabilidade, ecologia e biodiversidade.
  • Proteção dos direitos da natureza; intervenção no âmbito de uma gestão justa e sustentável da água.
  • Restauro, gestão e conservação da natureza; proteção de habitats, espécies e seres vivos; bem como, apoio à resiliência das comunidades locais; num contexto de incidência crescente de fenómenos naturais extremos, tais como incêndios, secas extremas, tempestades súbitas e inundações, etc.
  • Fomento de medidas de adaptação e mitigação das alterações climáticas.
  • Combate à poluição ambiental e à destruição dos serviços dos ecossistemas.

Agricultura

  • Uso de técnicas agroecológicas e regenerativas para obtenção de alimentos mais saudáveis numa óptica de utilização sustentável dos recursos naturais tais como solo, biodiversidade e água; promoção da salvaguarda das variedades tradicionais e dos recursos genéticos endógenos naturais; defesa e resiliência das comunidades agrícolas locais.
  • Criação, apoio e instalação de hortas comunitárias e de jardins alimentares; formação e suporte à agricultura familiar e aos pequenos e médios produtores biológicos, agroflorestais, agroecológicos e de multiproduto; fortalecimento e desenvolvimento sustentável do mundo rural e combate à desertificação.

Alimentação

  • Promoção de hábitos de consumo saudáveis, com produtos biológicos, sem recurso a químicos de síntese, sazonais, frescos e locais.
  • Fomento da alimentação sustentável e adequada com vista a uma maior segurança alimentar das comunidades.
  • Salvaguarda dos princípios e valores da Dieta Mediterrânica; estímulo ao consumo responsável e do alimento bom, limpo e justo; combate ao desperdício alimentar; capacitação e empoderamento alimentar das pessoas; valorização de sistemas alimentares locais.

Educação

  • Consciencialização ambiental por via da promoção de formação, campanhas e atividades de sensibilização, bem como do incentivo à intervenção dos cidadãos na defesa da natureza e no combate à poluição.
  • Pedagogia ambiental e educação alimentar para públicos de várias idades, culturas e nacionalidades, incluindo “minorias”, pessoas com deficiência e mobilidade reduzida e pessoas em risco de exclusão social.
  • Ações de formação e capacitação técnica e teórica-prática.

Paisagem

  • Promoção do desenvolvimento de paisagens alimentares ecologicamente seguras, através da valorização, gestão e dinamização da vivência comunitária do espaço urbano e rural.
  • Defesa da floresta autóctone e dos agroecossistemas sustentáveis, como o pomar tradicional de sequeiro algarvio.
  • Defesa do património alimentar, agrícola, arquitetónico e ecológico das bio-regiões.
  • Estabelecimento de parcerias e incremento de ações que visem o desenvolvimento urbano sustentável das cidades, procurando solucionar problemas e desafios comuns e transversais a vários territórios.

Inovação

  • Promoção de ações que visem o estabelecimento das cidades circulares e da agricultura circular e de baixa emissão de carbono.
  • Incentivo à investigação e desenvolvimento de tecnologia circular; estímulo à transição justa e democrática da energia no âmbito de uma gestão eficiente, limpa e renovável.
  • Suporte e promoção de equipamentos, competências e recursos humanos de excelência para criar soluções de inovação económica, ecológica e social no setor primário; desenvolvimento da experimentação agrária de cariz agroecológico e regenerativo.

Cultura

  • Valorização antropológica dos saberes, sabores, artes e tradições locais numa perspectiva holística e integradora das comunidades.
  • Democratização da arte no espaço público, identidade e valores culturais, envolvimento da comunidade, educação pela arte e promoção activa da memória coletiva.

Sócio-economia

  • Promoção de artesanato, feiras e mercados de proximidade, visando cadeias curtas e justas de comercialização e distribuição.
  • Assegurar o abastecimento de produtos frescos, locais e sazonais a cantinas públicas recorrendo a produtores regionais, agroecológicos e biológicos; estímulo à criação de emprego condigno.
  • Dinamização da economia colaborativa, inclusiva, eco-solidária e em prol do bem comum.
  • Preconização dos objectivos do desenvolvimento sustentável (ODS).

Cidadania

  • Fomentar a discussão pública em torno de assuntos importantes para a vida dos cidadãos
  • Promover a cultura cívica e pró-activa, no âmbito de uma democracia mais participativa.
  • Fortalecer a sociedade civil e apoiar causas nobres de movimentos informais de cidadãos.
  • Fortalecer o papel interventivo do movimento de Cidadãos pelo CEAT (Centro de Experimentação Agrária de Tavira) e Hortas Urbanas de Tavira, conferindo suporte jurídico à sua acção.

Órgãos Sociais

Mesa da Assembleia Geral

  • Presidente: Ana Maria Teixeira Moreno-Bormann
  • Primeiro Secretário: Otilia Maria Jerónimo Eusébio
  • Segundo Secretário: Anabela Cardoso de Resende

Direção

  • Presidente: Ângela Maria Lourenço Rosa
  • Secretário: José Pedro da Costa Franco
  • Tesoureiro: Luís Manuel do Carmo Venâncio

Concelho Fiscal

  • Presidente: Rosa Correia Guedes
  • Secretário: Rosa Maria de Resende Palma Dias
  • Secretário: Livia Claudia Dias Rosa Viana